Entre os dias 19 a 22 de outubro de 2022 ocorreu o Congresso de Medicina do Esporte e do Exercício em Curitiba, com temas bem relevantes, um deles confirmando a postura do Conselho Federal de Medicina (CFM) de condenação ao uso não médico e perigoso de anabolizantes e dos hormônios como a Testosteronas, o GH e o DHEA apenas com objetivos estéticos e de performance.
A pergunta mais frequente que nos fazem e que será abordada no Congresso é sobre Correr ou Andar/trotar? Qual seria o melhor? Qual traz o maior benefício para a saúde, como a prevenção cardiovascular e sem provocar lesões ortopédicas.
Sem dúvida, após tanto ver lesões ortopédicas nos iniciantes, geralmente sedentários, nos obesos ou apenas com sobrepeso, devemos fortemente recomendar de início trocar as corridas pelas caminhadas leves a moderadas para a maioria das pessoas e mais aceleradas (trote) para os adultos jovens sadios, até os 45 anos. Depois de estar treinando 10 a 12 semanas, com a orientação do profissional de educação física ou caso tenha algum problema de lesões, orientado pelo fisioterapeuta, aí sim poderá se preparar para corridas mais longas e desgastantes de 10 km até uma maratona (42 km) e se estiver habilitado, outras mais longas como a ultramaratona de 100 km.
Dito isso, com a idade ao redor dos 50 anos o nosso esportista pode se organizar de acordo com suas condições físicas e médicas, e se for possível alternar corridas de solo com hidroginástica ou natação. Lembro que a avaliação pré-participação deve incluir o teste de esforço em esteira ou ciclo, porém com médico presente na área do exame e cair fora desse laboratório, se notar que um único médico para mais de uma esteira simultaneamente. Por regulação da ANVISA e do CFM (Conselho Federal de Medicina), cada paciente ou atleta deve ter um único médico examinando e controlando o teste de esforço
Devemos sempre incentivar uma vida ativa, lutando contra o sedentarismo, um péssimo hábito de vida de conhecidas consequências perigosas. Todos sabem que a obesidade e sedentarismo levam a doenças crônicas como diabete, hipertensão arterial e níveis de elevados de gorduras como colesterol e triglicérides.
Dr. Nabil Ghorayeb – Cardiologista e Especialista em Medicina do Esporte
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